FERNÃO DIAS

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 O Paulista Fernão Dias Paes, um homem rico de muitas terras, que pouco tempo antes da decadência da cana de açúcar realizava incursões em busca de mão de obra indígena e pedras preciosas no sertão. Sua esposa Maria Garcia Betina tinha ascendência indígena pelo lado materno (índios Tibiriçá), com um irmão de Pedro Álvares Cabral.

 

Sendo dono de muitos escravos indígenas, ele ouvia muitas lendas sobre a região da bacia do Rio São Francisco e as preciosidades nelas existentes, o que o motivou a vender muitos de seus bens para financiar sua jornada.

 

Pautado pela lenda de uma montanha de esmeraldas e com o apoio da coroa portuguesa, Fernão Dias começou a realizar os preparativos para sua incursão uma vez, que estes levavam tempo para confecção de roupas, armas e outros objetos de consumo, ele enviou com um ano de antecedência o chefe administrativo Matias Cardoso de Almeida. Esta comitiva tinha a missão de plantar e proporcionar provisões para alimentar a bandeira maior de Fernão Dias.

 

As plantações eram fundamentais para o sucesso da expedição. Através destas agriculturas, povoados foram formados a partir dessas práticas agrícolas, assim surgiu o Distrito de Piedade do Paraopeba com o propósito de ser local de abastecimento para a Bandeira.

 

Matias Cardoso de Almeida saiu com a comitiva preparatória em 1673 com 125 homens, sendo 120 índios escravos.

 

 

Como ponto de abastecimento para a passagem da Bandeira de Fernão Dias, muitos integrantes da comitiva casaram-se com índias e se fixaram em Piedade do Paraopeba. Porém, foi só mesmo com a descoberta do ouro na região que houve um expressivo aumento populacional e migratório, inclusive de português que vinham com o intuito de explorar.

 

 

 

Concluindo assim que os primeiros habitantes das regiões de Brumadinho e, em especifico, Piedade do Paraopeba são remanescentes das Bandeiras de Fernão Dias e índios locais.